Em um dia intenso de atividades na Expodireto Cotrijal 2024, em Não-Me-Toque, que incluiu a participação em dois ciclos de debates e uma série de entrevistas a emissoras regionais, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito (PP), reforçou a necessidade de que os produtores gaúchos tenham segurança jurídica para reservação de água e irrigação nas pequenas, médias e grandes propriedades rurais gaúchas. "Estamos trabalhando muito para que, ao final de nossa gestão, a gente possa oferecer uma legislação mais adequada, dando oportunidade ao produtor de poder investir em irrigação, tendo a devida segurança jurídica", resumiu o chefe do Legislativo ao final de seus compromissos oficiais.
O chefe do Poder Legislativo foi um dos integrantes do Campo em Debate, painel promovido pelo Grupo RBS e mediado pela jornalista Gisele Loeblein. O encontro também contou com as participações da secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, de Claudinei Baldissera, da Emater, e do produtor rural Maurício De Bortoli. Além de se posicionar pela urgência de uma lei mais segura aos produtores, Brito disse estar acompanhando de perto a tramitação, na Câmara dos Deputados, do PL 1282/2019, de autoria do senador Luis Carlos Heinze (PP/RS), já aprovado pelo Senado em 2023. A proposta autoriza a construção de pontos de irrigação em Áreas de Preservação Permanente – APP. "Vamos fazer nossa parte aqui e acompanhar os avanços em nível federal. Precisamos manter o jovem e sua família no interior, trabalhando, aumentando a produtividade e ajudando a incentivar a economia", declarou. Ele ainda falou sobre encontro realizado esta semana na presidência da ALRS com o cônsul-geral da China em São Paulo, Yu Peng, em que foram tratados assuntos relativos à irrigação nas culturas de tabaco do RS.
A secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, pontuou que há um claro amadurecimento nas discussões sobre os temas eleitos pelo atual presidente do Legislativo. "Ganhamos muito espaço e estamos mais próximos da solução quando temos todos os entes dialogando na mesma mesa. Cada vez eu vejo mais convergência e não divergências neste tema", disse a secretária. Ela afirmou que o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) abriu, nesta terça-feira (5), pelo prazo de 30 dias, consulta pública referente à minuta de resolução que estabelece as diretrizes e os procedimentos para a obtenção do licenciamento ambiental dos empreendimentos de irrigação no Estado do Rio Grande do Sul.
O representante da Emater-RS Claudinei Baldissera disse que a entidade está à disposição e tem como um dos seus principais objetivos ajudar os produtores gaúchos a tomarem a melhor decisão em relação à irrigação. Já o produtor Mauricio De Bortoli afirmou que usa sistemas de irrigação em suas propriedades desde 2005. Atualmente, 30% da área total utiliza o método de regadura de solo.
"Desde lá, nunca paramos o investimento. Quando a propriedade começa a irrigar, se torna autossuficiente", assinalou. Segundo ele, cerca de 50% do sucesso da atividade rural é de responsabilidade do clima. Os outros 50% devem-se ao produtor. "Por mais que façamos o máximo, não conseguimos resolver tudo sozinhos. Por isso a irrigação ajuda, como ferramenta fundamental", resumiu.
Correio do Povo
O presidente ainda foi um dos integrantes do Correio Rural Debate, do jornal Correio do Povo. Brito enalteceu a unidade entre poderes, órgãos, instituições, entidades, federações, associações, sindicatos e representantes da sociedade civil em torno da pauta da reservação de água, irrigação e piscicultura, motes de sua administração. Também participaram do encontro o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, a inspetora-tesoureira do CREA-RS, Larissa Meira, e o difusor técnico da Cotrijal, Fernando Cirolini.
Fonte- Comunicação AL/RS