Produtores rurais, técnicos do setor leiteiro e representantes de entidades municipais e regionais estiveram reunidos para o 2º Simpósio de Leite, nesta quarta-feira (07/08), em Alto Alegre. A cadeia leiteira é a segunda matriz produtiva mais importante do município. São cerca de quarenta propriedades envolvidas na atividade.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Enrique Loro destaca que o simpósio valoriza tanto a atividade como os produtores nela inseridos. O resultado é a expressiva participação do público, que chegou a mais de 100 pessoas.

Felipe Corazza, do município de Jacuizinho, trabalha na atividade leiteira há sete anos e afirma que eventos como esse o conectam enquanto produtor rural a novas tecnologias. “É um espaço que me deixa a par desses avanços, serve para que eu possa tirar dúvidas e até mesmo relembrar outras informações. Isso reflete direto na rotina que tenho dentro da cadeia leiteira”, diz.

A programação contou com a palestra de Diego Corazza, especialista em bovinocultura leiteira, abordando o assunto “Criação de terneiras – do nascimento à desmama”, com foco na criação das terneiras e nos cuidados das vacas antes do parto.

O também especialista em bovinocultura leiteira Fábio Guilhermano tratou sobre sistemas de produção e suas diferenças, na busca por conforto animal. Temáticas como produtividade leiteira, emprego de novas tecnologias no campo, tipos de confinamento adotados nas propriedades rurais, transformação da cadeia produtiva do leite e desafios climáticos da produção foram destaque em sua abordagem. Questionado sobre a melhor forma de garantir mais conforto às vacas, ele explicou que toda propriedade tem possibilidade de promover conforto animal, mas é preciso que os investimentos sejam feitos de forma assertiva, a fim de trazer mais qualidade de vida no dia a dia dos produtores e dos próprios animais.

Já Diego Barden, extensionista rural da Emater/RS-Ascar, falou sobre o período de transição dos animais, ponto chave para a produtividade do rebanho. Em sua apresentação, exemplificou o assunto por meio de relatos, o que permitiu aos participantes tirar dúvidas específicas sobre a temática. “Associar práticas científicas a relatos reais de produtores é importante porque permite um processo de adaptabilidade nas propriedades, para a implementação de manejos especializados. A Assistência Técnica e Extensão Rural e Social permanente e continuada promovida pela Emater fortalece essa relação, a fim de ajudar com maior precisão as famílias e localidades que integram o meio rural”, comentou Barden.

A Emater/RS-Ascar foi uma das organizadoras do simpósio, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e com o Grupo de Produtores de Alto Alegre. O evento foi realizado pelas empresas Cotriel e Agrifirm, com o apoio do Sicredi. Os participantes contribuíram com a doação de alimentos não perecíveis, que posteriormente serão doados ao Lar de Idosos Santa Júlia.

Foto: Marlusa Oliveira
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Soledade
Jornalista João Vicente Ribas
jvribas@emater.tche.br