A mudança de hábitos durante a pandemia com a intensificação de práticas de higiene, como lavar as mãos e o uso do álcool gel, bem como o distanciamento social, fizeram com que houvesse uma diminuição em doenças infecciosas oculares nos consultórios médicos. De acordo com a Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs), estima-se uma queda acentuada de até 90% dos casos de conjuntivite infecciosa.
“Notamos a baixa procura dos prontos atendimentos, relatada também por colegas de outras cidades gaúchas. Entretanto, nesta estação do ano, o clima é propício para a conjuntivite alérgica, devido ao excesso de pólen no ar. Ela não é contagiosa, mas, em muitos casos, a doença acaba sendo inevitável devido às condições climáticas”, destaca o presidente da Sorigs, Marcos Brunstein.
A conjuntivite é uma inflamação que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho. Os sintomas habituais da conjuntivite são coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada. A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.
Juntamente com a conjuntivite neste período de primavera se intensifica a síndrome do olho seco. Ela é mais comum nesta época do ano devido à baixa umidade e agrava o ressecamento da lágrima expondo a córnea a maior risco. “É importante manter os olhos sempre lubrificados, principalmente os usuários de lentes de contato, que na maioria dos casos enfrentam uma situação bastante desconfortável com o ressecamento”, destaca Brunstein.
Confira dicas de como proteger os olhos neste período do ano:
- Evite coçar os olhos
- Higienize bem as mãos e rosto
- Evite compartilhar produtos de beleza facial
- Mantenha ambientes arejados
- Faça limpeza de aparelhos ar condicionados e ventiladores com frequência
- Lubrifique os olhos com colírios receitados por seu oftalmologista