Falar em público é equivalente a um pesadelo para algumas pessoas. Só de imaginar, elas começam a tremer, o coração acelera e os pensamentos ficam confusos.

Apesar de incômodo, o nervosismo ao encarar uma plateia pode ser contornado com algumas mudanças simples.

Reinaldo Polito, mestre em Ciências da Comunicação, professor de oratória dos cursos de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e autor de 37 livros, com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos, dá dicas sobre o tema.

Confira as dicas:

• O início é a parte mais desafiadora da apresentação. Se a pessoa está nervosa, é comum que receba uma descarga de adrenalina, como uma reação natural do corpo humano, que se prepara para a fuga.
• Se a adrenalina não for descarregada, os sinais começam a aparecer: o coração acelera, as pernas e as mãos tremem, a voz não sai como o planejado, as “borboletas” começam a dominar o estômago e os pensamentos brilhantes desaparecem.
• O ideal para perder o nervosismo é falar devagar e com o tom de voz mais baixo, pelo menos nos primeiros minutos. Mas é importante não parecer desinteressado. À medida que ganhar confiança, o locutor pode aumentar a velocidade e a altura da fala.
• Outra dica é evitar gesticular em excesso, já que o nervosismo causa tremores. As mãos podem ficar apoiadas na cadeira, na mesa ou até no microfone, o mais importante é estar confortável, para ajudar o corpo a relaxar.
• Cumprimentar pessoas conhecidas também pode ajudar, assim como checar a altura do pedestal do microfone e numerar as páginas de anotações, para evitar problemas após o início da apresentação.

      Quais são os sintomas do medo de falar em público?

• Se todas as vezes em que a pessoa precisa falar, ela sente o coração acelerado (taquicardia), um desconforto e tem aquela sensação de que está tendo um infarto, há aí um claro sinal de que existe o medo de falar em público.
•  Dependendo do nível de Glossofobia, há casos até de ataques de pânico quando é necessário fazer qualquer tipo de comunicação. E isso pode ser externado através de extrema ansiedade, tonturas, tremores, sensação de perda do controle, entre outros.
• O descontrole emocional é um claro sinal de que o medo de falar em público está presente. Neste contexto, podemos considerar o nervosismo como algo natural nestas situações; mas quando a pessoa chega ao ponto de não conseguir controlar essas emoções, temos aí um problema.
• Em momentos tensos, como os que antecedem uma apresentação ou uma exposição em uma reunião, por exemplo, há situações em que a pessoa sente uma grande confusão mental. E isso pode acontecer em um grau tão elevado que não se consegue nem mesmo organizar os pensamentos. As informações são dos portais Estadão e Clube da Fala.

Fonte- Jornal O Sul