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Saiba por que remédios para gripe podem ser perigosos para idosos

Uma doença comum como a gripe pode representar um perigo, para além de seus sintomas comuns, aos idosos. Enquanto muitos recorrem a automedicação para acelerar a recuperação, médicos alertam sobre os perigos da manipulação desses remédios sem orientação.

A médica geriatra da Saúde no Lar, Simone de Paula Pessoa Lima, conta que diversos medicamentos usados para gripe são associações entre analgésicos, relaxantes musculares e antialérgicos. Esses medicamentos favorecem a sedação, o que pode favorecer uma queda em pessoas acima dos 60 anos.

“Você pode ficar sonolento, tropeçar com mais facilidade, dormindo muito tempo por causa da medicação associada aos remédios que você já usa, e isso favorece a desidratação no mesmo momento em que a gente tem que hidratar bastante para colocar para fora a secreção”, diz a especialista.

“O paciente idoso é mais sensível à sonolência e aos problemas que levam à queda por sonolência”, explica. A geriatra ainda destaca que é importante tratar especificamente os sintomas que a gripe causa e realizar uma avaliação médica de cada caso em específico, principalmente em épocas de dengue e covid-19 em alta.

“Se o nariz está escorrendo, pode ser um antialérgico, se está sentindo dor no corpo, pode ser um analgésico. Quando o paciente é asmático, já tem um problema respiratório e a chance de uma infecção secundária em cima dessa gripe acontecer, o monitoramento é importante junto a ausculta pulmonar com frequência pelo fisioterapeuta e pelo médico que o acompanha”, explica Simone.

Vale lembrar que, naturalmente, idosos tendem a sentir menos sede e beber menos água. A especialista classifica a hidratação adequada como o tratamento mais importante da gripe e desaconselha o uso de medicamentos de forma indiscriminada, principalmente para idosos.

Dança semanal

A eficácia de uma atividade de dança semanal em pessoas com mais de 55 anos foi alvo de estudo da Universidade de Leeds, na Inglaterra. O estudo foi discutido pelo médico especialista em geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Rubens de Fraga Júnior.

O projeto, que recebeu o nome de Dance On, recebeu 685 pessoas para aulas de dança semanais durante um período de 12 meses. No final do estudo, os pesquisadores descobriram que as pessoas que participaram aumentaram a quantidade de atividade física que faziam a cada semana. Os participantes diziam que se sentiam mais fortes, confiantes e “anos mais jovens”.

A geriatra Simone, conta que a prática de atividades físicas, como a dança, é muito benéfica para pessoas idosas, incluindo aquelas com mais de 80 anos. “Esse exercício, especificamente, pode ser uma excelente opção, pois além de envolver a atividade física em si, também promove interação social e estimulação mental”, diz a especialista.

Equilíbrio e força

A prática regular de dança pode beneficiar idosos ao melhorar o equilíbrio e a força muscular, o que é vital na prevenção de quedas, um risco comum em pessoas desse grupo. Além disso, a profissional destaca que a atividade estimula a função cerebral devido à sua natureza física e cognitiva, podendo ajudar na prevenção ou manejo da demência ao melhorar a memória, atenção e funções executivas.

Entre os pontos positivos da atividade estão:

·         Melhora da função cardiovascular;

·         Manutenção da força muscular;

·         Melhoria da flexibilidade e do equilíbrio;

·         Redução do risco de doenças crônicas;

·         Benefícios para a saúde mental;

·         Redução do risco de depressão;

·         Melhoria da cognição.

A médica explica que para os idosos acima dos 80 anos, os tipos de dança mais recomendados incluem dança de salão e dança aeróbica de baixo impacto. Estas formas de dança têm sido estudadas por sua capacidade de melhorar a mobilidade e o equilíbrio, importantes para prevenir quedas e promover a saúde geral.

Além disso, as sessões devem ser adaptadas ao nível de habilidade e condições de saúde dos idosos para garantir segurança e eficácia.

É importante lembrar que ao iniciar um programa de dança, idosos e cuidadores devem considerar a condição física atual, consultar um médico, escolher um estilo de dança adequado, começar devagar, usar roupas e sapatos confortáveis e seguros no pé, manter hidratação e evitar superfícies escorregadias. As informações são do portal Terra.

Fonte- Jornal O Sul 

Foto- Freepik

 



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