No espaço da Tribuna Popular, na Sessão Plenária da Câmara de Vereadores de Soledade desta segunda-feira dia 27 de fevereiro, o presidente Edivaldo da Silva dos Santos (MDB), colocou a palavra a disposição do secretário da Região Planalto do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Rio Grande do Sul (Sindiágua), Natalino da Silva. Na oportunidade, foi abordado o processo de privatização da Companhia Regional de Saneamento (Corsan).
Natalino salientou que 317 municípios do Rio Grande do Sul são abastecidos pela Corsan, com atendimento de 7 milhões de pessoas, e a companhia foi leiloada por 4 bilhões e 151 milhões de reais. Entende ele que somente os imóveis da Corsan chegam perto deste valor. Porém o mais importante é o serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto. O município é o dono da água e o que o governo vende são as instalações de tratamento e escritório, mas não tem o serviço.
O sindicalista informa que 130 municípios assinaram o aditivo autorizando a privatização da Corsan, mas 74 destes fizeram com o objetivo de a Cosan prestar algumas ações. Já a AGERGS, Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, julgou ilegal estes aditivos.
Assim, como existem muitas dúvidas neste processo de privatização, como o valor de venda de 4 bilhões e 151 milhões quando segundo levantamento de várias empresas o valor real deveria ser de 16 bilhões; o que será feito com os 5.500 funcionários da companhia; qual será o órgão do governo que fará o saneamento conforme estabelecido na constituição estadual, entre outros pontos a serem esclarecidos, o Sindiágua pede que os vereadores entrem em contato com seus deputados para que apoiem a instalação da CPI da Corsan para apurar estes fatos.



