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Região de Passo Fundo tem 1.598 pacientes com HIV, mas novas infecções diminuem em 2025

O mês de dezembro marca a campanha Dezembro Vermelho, uma mobilização nacional de combate ao HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. Durante todo o mês, ações de prevenção, testagem, orientação e tratamento ganham reforço em unidades de saúde, instituições e espaços públicos. A campanha destaca a importância do diagnóstico precoce, do acesso aos medicamentos e, principalmente, da quebra de estigmas que ainda cercam a doença.

Segundo dados do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), Passo Fundo conta com 1.300 pacientes vivendo com HIV. Já a região atendida pelo SAE, que abrange 21 municípios, possui 1.598 pessoas. Apesar do número crescente de pessoas que convivem com o vírus, o índice de novas infecções caiu em 2025.

É o que destaca a representante do SAE de Passo Fundo, Angélica Stefanello Facco. Em entrevista à Uirapuru, ela afirmou que o número total de casos aumenta porque as pessoas estão vivendo mais e com mais qualidade de vida quando fazem o tratamento. Segundo Angélica, o que nos anos 90 representava uma sentença de morte hoje não é mais, graças ao avanço da medicina. Por isso, há também um aumento de pacientes idosos vivendo com HIV.

Mesmo assim, o número de novas infecções caiu em 2025. Neste ano, a taxa de detecção foi de 26,5 casos para cada 100 mil habitantes. De 2020 a 2024, o índice era de 36,9 para cada 100 mil. Angélica destacou que essa redução está relacionada ao maior uso do PEP, um medicamento utilizado em situações de exposição ao HIV.

Sobre o perfil dessas novas infecções, Angélica explicou que há maior incidência entre adultos jovens, especialmente entre 20 e 25 anos, com predominância entre homens, tanto heterossexuais quanto homossexuais. O maior número de pacientes está na faixa dos 40 aos 59 anos, formada por pessoas que se infectaram ainda jovens e envelheceram em tratamento. Já os novos casos continuam surgindo principalmente entre os 18 e 20 e poucos anos, que seguem sendo o grupo que mais ingressa no serviço. Angélica destacou que, quanto antes a pessoa descobre que tem HIV e inicia o tratamento, melhor é a qualidade de vida do paciente.

Por- Sabrine Paludo

Fonte- Rádio Uirapuru

 



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