Lideranças do município de Mormaço estiveram reunidos na manhã desta terça-feira, quando foi decidido pela decretação de Situação de Emergência, em virtude da falta de chuva, que assola o município à 90 dias. Comandou o encontro o coordenador da defesa civil no município Olair Belo de Carvalho, que colocou a palavra a disposição dos presentes quando foi apresentado dados sobre os sérios problemas que hoje são enfrentados pela falta de precipitação.

Conforme o engenheiro Clédio Bertani hoje para o Estado homologar a Situação de Emergência é necessário o município estar com falta de água ou alimentação para o ser humano. No ano passado quando também foi decretado a situação de emergência, o Estado repassou para o município cerca de 40 mil reais para aquisição de cestas básicas e combustível. Assim, Clédio recomenda que seja feito o decreto e com o agravamento da situação ocorra então a intervenção do estado e da federação com o reconhecimento da anormalidade no município de Mormaço.

O Secretário de Agricultura do Município Wagner de Loreno relatou a gravidade do problema, relatando a falta de água inclusive para os animais. Ni que se refere as culturas de verão os prejuízos são grandes com a safra de feijão e milho sendo pouca coisa colhida. Quanto a soja a primeira lavora de outubro se chover nos próximos dias recupera um pouco, mas o prejuízo é enorme. Quanto a precipitação a média ficou no geral em 15 milímetros em janeiro.

O prefeito Rodrigo Jacoby Trindade disse, lamentou que mais um ano tenha problema com a falta de precipitação, e o município acaba sendo castigado com altos prejuízos para os agricultores e a economia mormacense. Quanto aos recursos oriundos para sanar os problemas diz ser esses insignificantes.

Para a presidente da Câmara de Vereadores Patrícia Rodrigues é preciso implantar através de um projeto cisternas para coleta de água da chuva, para ser usada nas propriedades até mesmo para saciar a sede dos animais. Pediu para que haja uma mobilização no sentido de que a preservação da natureza seja um objetivo comum, pois se continuar no ritmo atual, cada vez será pior.

Já os colaboradores da Cotrijal destacaram que existe a previsão de chuvas irregulares em fevereiro, e a situação atua em Mormaço é muito ruim, as perdas são grandes. Outro agravante é que o custo da produção de 2022 para 2023 dobrou e isso complica ainda mais.

Por fim o coordenador Olair Belo de Carvalho disse que a partir de agora teremos então a decretação da situação de emergência e  no período de dez dias deve ser juntado toda a documentação necessária para a homologação da situação de emergência pelo Governo Gaúcho.

Estiveram presentes representantes do Executivo, Legislativo, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cotrijal, Acisam, Conselho Agropecuário, LC Cereais e Emater.

Produção- Jacques Moraes

Fotos- Alexandre  Flores