Na segunda-feira dia 26 de agosto de 2024, aconteceu o julgamento de Arnoldo Schwantes, de 56 anos, que foi condenado a 30 anos de prisão, pelo assassinato do cunhado e tentativa de homicídio contra a esposa.
O fato aconteceu no dia 02 de abril de 2023, por volta das 19h30, quando discussões entre Arnoldo e o cunhado, em Faxinal de Dentro, interior de Vale do Sol, resultou na morte de Nilson Blank, o cunhado, e em esfaqueamento de Norma Schwantes, esposa de Arnoldo, que ficou gravemente ferida.
O agressor morava próximo à casa da sogra, onde aconteceram os fatos. Ele utilizou de uma faca para tirar a vida de Nilson e deixar a esposa gravemente ferida com uma facada na região do abdômen.
Sobre a prisão - Após receber informações que o autor do homicídio, estaria tentando se esconder em uma residência na localidade de Linha da Várzea, Vale do Sol, a Brigada Militar se deslocou até o local informado, quando o autor do homicídio investiu contra a guarnição utilizando-se de uma faca, sendo necessário um disparo de arma de incapacitação neuromus-cular Spark para cessar a agressão. Foi dada a voz de prisão e encaminhado o homem a DPPA de Santa Cruz do Sul, onde permanece preso até os dias de hoje.
Sobre a esposa, hoje ex-esposa - A mulher teve ferimentos graves e foi encaminhada para o Hospital de Canoas, onde permaneceu na UTI e passou por cirurgia. Além do corte na região abdominal, teve um corte profundo no braço esquerdo.
O julgamento foi presidido pelo juiz Guilherme Roberto Jasper.
Conversamos com o advogado Marlon Mueller, assistente de acusação, que representou as vítimas.
Disse ao Serrano que esse foi um dos crimes mais brutais, cruéis e covardes que já aconteceram no município, sobretudo em relação ao contexto em que ele foi realizado: “houve o homicídio de Nilson, de modo que ele não conseguiu se defender, e após isso o agressor tentou matar sua ex-esposa Norma. Ambos os fatos ocorreram na frente da idosa Sibylla, mãe de Norma e Nilson, contribuindo para tornar o crime ainda mais grave e repugnante”.
Como geralmente demora muito para acontecer os julgamentos, Marlon explicou, que a rapidez deste, se deu por conta do réu já estar preso na ocasião do julgamento e decorrer do processo.
Dr. Muller, disse que o resultado aconteceu dentro do esperado, tendo em vista os limites impostos pela lei. “Conseguimos o reconhecimento das qualificadoras do crime. Com a condenação do acusado, temos o sentimento de dever cumprido e de justiça para a família Blank”.
A defesa de Arnoldo alegou que agiu em legítima defesa. O Réu ainda poderá recorrer.
Fonte – Jornal Serrano