À medida que a volatilidade atinge até as economias mais fortes dos mercados emergentes, um país está se transformando em um refúgio de calma e escolha dos investidores para esconder a onda de aperto do Federal Reserve: o Brasil.
Ações, títulos e moedas de países em desenvolvimento estão testemunhando seu pior colapso em décadas, mas ninguém saberia disso olhando apenas para os ativos do país latino-americano. Os traders estão obtendo retornos de dois dígitos de sua moeda, fazendo as apostas de títulos mais otimistas em 13 anos, poupando sua dívida em moeda local de uma liquidação de alto rendimento e chamando suas ações de “o negócio mais quente da cidade”.
O desempenho superior está proporcionando o alívio necessário para investidores de mercados emergentes que foram prejudicados: China, onde o crescimento está caindo; Índia, onde os altos preços do petróleo estão prejudicando a moeda; África, onde as crises da dívida estão se formando; e a Europa Oriental, abalada pela queda do euro.
O Brasil é visto por muitos como a única grande nação em desenvolvimento com uma fórmula econômica - taxas de juros de referência de dois dígitos aliadas a uma gigante indústria exportadora de commodities - que pode suportar a pressão financeira criada pelo aumento das taxas de juros globais. E ainda há a eleição presidencial do próximo fim de semana. Cresce agora o otimismo de que, independentemente de quem vença, o próximo governo adotará políticas favoráveis ao mercado.



